Celino Cunha Vieira - Associação Portuguesa José Marti / Cubainformación.- Prestes a comemorar-se o Dia Nacional da Rebeldia Cubana que este ano terá as suas cerimónias oficiais em Artemisa, mais uma vez se evocará a memória de todos aqueles que pertenceram ao Movimento 26 de Julho, data que significou há 61 anos o assalto ao Quartel Moncada em Santiago de Cuba e ao Quartel Carlos Manuel de Céspedes em Bayamo, iniciando-se aí a luta armada que viria a culminar com o triunfo da Revolução, apoiada desde a primeira hora pela intensa luta política que era travada na clandestinidade.


Nos dias que antecederam os preparativos para a operação militar comandada por Fidel Castro e sabendo este que um dos combatentes era aficionado de música, desafiou Agustin Diaz Cartaya para compor uma marcha com um texto que expressasse elevados sentimentos de patriotismo, alegria e celebração pelas vitórias militares alcançadas. Segundo contou o compositor, era a primeira vez que deixava de se sentir como um marginal, descriminado pela sua cor de pele ou baixa escolaridade, sabendo que a responsabilidade que lhe estava a ser pedida pelo seu Chefe, viria a ter, com os anos, uma enorme importância histórica. 

E assim nasceu a música e a letra do Hino da Liberdade que passou a acompanhar nos bons e nos maus momentos todos aqueles que lutaram contra a tirania e que hoje aqui transcrevo o original numa tradução livre: 

“Marchando vamos na direcção de um ideal / sabendo que temos de triunfar em prol da paz e prosperidade / lutaremos todos pela liberdade. Em frente cubanos que Cuba premiará o nosso heroísmo / pois somos soldados que vamos libertar a Pátria / limpando com fogo que arrase com esta praga infernal / de governantes indesejáveis e de tiranos insaciáveis que a Cuba afundaram no mal. O sangue que no Oriente se derramou / nós não o devemos esquecer / por isso unidos temos de estar / recordando aqueles que mortos estão. A morte é vitória e glória que no fim a história sempre recordará / a tocha que airosa vai iluminando os nossos ideais pela liberdade. O povo de Cuba mergulhado na sua dor / sente-se ferido e decidido a encontrar sem tréguas uma solução que sirva de exemplo a esses que não têm compaixão / e convictos arriscaremos por esta causa até a vida / e que viva a Revolução”. 

Após a fracassada acção nos combates de 1953 e em homenagem a todos aqueles que tombaram na luta ou que foram assassinados, Fidel pediu a Cartaya para modificar algumas passagens da letra para que se glorificasse o sacrifício dos mártires e o sangue derramado pelo ideal da liberdade, passando a ser cantada nas prisões e trauteada durante os julgamentos que se seguiram, vindo a marcha desde então e até à actualidade a ser conhecida como o Hino do Movimento 26 de Julho, que depois do Hino Nacional é a peça mais tocada em paradas militares e em outras cerimónias.

Caso estas singelas linhas tenham despertado no leitor a vontade de escutar este precioso Hino, podem fazê-lo na internet como “himno del 26 de julio”. Vão ver que vale a pena.

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