Celino Cunha Vieira - Associação Portuguesa José Marti / Cubainformación.- No rescaldo da visita Papal a Cuba pode concluir-se, como se esperava, que a mesma constituiu um enorme êxito, não só pela forte adesão popular, mas também pelos vários discursos do Sumo Pontífice que pela sua origem latino-americana conhece bem os ensinamentos de Bolívar e de Marti, sabendo tocar o coração dos cubanos e despertar as suas consciências para um mundo eivado de desigualdades, de violência e de injustiça.


As palavras do Papa Francisco dirigidas aos jovens, com total compreensão pelas suas ambições e irreverência, acabaram num apelo à sua união e sentido patriótico, constituindo o corolário da sua longa jornada por Havana. Poder-se-á até afirmar que depois de Che ter sido adoptado por Cuba, este é o segundo Argentino que também poderá usufruir desse estatuto não só pela sua simplicidade nos actos, mas também pela sua grandeza de pensamento. 

Houve no entanto quem mais uma vez tivesse desejado misturar a política com a fé, aproveitando esta visita para ao serviço de mafiosos e de gente sem escrúpulos, fazer de uma festa religiosa palco para actividades provocatórias, aproveitando-se da imensa cobertura dos meios de comunicação internacionais. 

Muito raramente escrevo sobre os pseudo-dissidentes porque já basta a publicidade que têm através de alguns meios que não perdem a mínima oportunidade para criticar Cuba. Mas por vezes há que abordar o assunto a fim de evitar que a mentira por tantas vezes repetida se transforme em verdade.

Em qualquer parte do mundo, incluindo Portugal, qualquer cidadão que realize acções subversivas contra a segurança interna é detido, julgado e condenado de acordo com o grau de crime praticado, agravando a sua situação se receber dinheiro de uma potência estrangeira para o fazer. 

Em Cuba, por exemplo, muitos dos condenados por crimes comuns passam rapidamente a “presos políticos” e opositores ao regime, já que através da USAID (tentáculo encoberto da CIA) eles ou as suas famílias começam a receber alguns dólares como pagamento pela sua repentina e abnegada “dissidência” até ao momento em que, não sendo considerados importantes ou descobrindo que os seus auto-proclamados “líderes” se apropriam de parte ou de todo o dinheiro que lhes era dirigido, mudam outra vez e passam a arrependidos enganados. 

Quem não conhece o povo cubano julga erradamente que tudo é aceite sem qualquer contestação, quando existem mais de 11 milhões de críticos sobre tudo e sobre todos, com ou sem razão. Mas uma coisa é criticar, outra é praticar crimes contra a segurança de todos os cidadãos e para isso também existem mais de 11 milhões para defenderem a independência e soberania nacional. 

Experimentem assistir a uma Assembleia do Poder Popular e vão ver o que é discutir acaloradamente sobre todos os assuntos que afectem a comunidade ou sobre temas de nível provincial ou mesmo nacional. Fidel sempre deu esse exemplo e sempre gostou de frontalidade, não de cobardes.

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