Celino Cunha Vieira - Associação Portuguesa José Marti / Cubainformación.- Quando no dia 26 de Julho de 1953 um grupo de 135 jovens comandados por Fidel Castro participou no assalto ao Quartel Moncada em Santiago de Cuba, na tentativa de a partir daí armar a população para derrubar o governo fantoche de Fulgêncio Batista, estavam muito longe de imaginar o que viria a passar-se nos seis anos seguintes. Desta acção resultou a morte da maioria dos revolucionários e a prisão dos restantes, tendo Fidel sido condenado a 15 anos de prisão, em cujo julgamento proferiria a célebre frase de que “a história me absolverá”.


Pese embora a derrota militar sofrida, este dia acabou por marcar definitivamente o rumo do futuro movimento revolucionário que adoptou a sigla M-26, desenvolvendo-se por todo o país acções de sensibilização e recrutamento de apoiantes que na clandestinidade se preparavam para o momento em que os principais líderes seriam libertados, já que a pressão exercida quer por instituições, quer pelo povo anónimo a isso conduziria inevitavelmente.

Por isso, foi com enorme expectativa e interesse que tive a oportunidade de visitar o “presídio modelo” na Ilha da Juventude onde Fidel, Raul e os restantes companheiros estiveram encarcerados, podendo, pelo que vi, imaginar as precárias condições e o total isolamento a que foram submetidos até à sua libertação em 15 de Maio de 1955, beneficiando de uma amnistia presidencial. Nesse mesmo dia e instado pelos jornalistas que o aguardavam, Fidel afirmou: “continuaremos lutando até obter a independência de Cuba”.

Exilando-se no México dois meses após a sua libertação, Fidel e Raul iniciam de imediato os preparativos para voltar a Cuba com uma expedição de revolucionários, desembarcando do pequeno iate “granma” no dia 2 de Dezembro de 1956 na praia “Las Coloradas” e daí seguindo para a “Sierra Maestra” onde permaneceram dois anos até ao triunfo da Revolução em 1 de Janeiro de 1959.

Se até aí o “Movimento 26 de Julho” tinha desempenhado um extraordinário trabalho na organização política de inspiração Martiana, a partir do início da luta armada passou também à acção militar e ao apoio logístico dos revolucionários que combatiam o exército governamental.

Assim e em homenagem a todos os “Moncadistas” é celebrado em 26 de Julho o Dia Nacional de Cuba com manifestações patrióticas por todo o país, nunca esquecendo aqueles que nesse dia deram a sua vida para que hoje Cuba possa ser livre e independente de qualquer subjugação imperialista.

Como escreveu José Marti, “Pátria é comunhão de interesses, unidade de tradições, unidade de fins, fusão docíssima e consoladora de amores e esperança”.

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