Celino Cunha Vieira - Associação Portuguesa José Marti / Cubainformación.- Não é meu costume dar grande relevo aos auto-denominados opositores do regime cubano, não só porque eles não passam de grupúsculos sem qualquer expressão, mas também porque não precisam que eu os promova e que os ajude a aumentarem os seus proveitos financeiros, que recebem de uma potência estrangeira como contrapartida às provocações e mentiras que vão espalhando, deturpando factos e confabulando sobre os mais diversos aspectos da realidade que se vive em Cuba.


Mas desta vez tenho de me referir à recente passagem por Lisboa do psicólogo cubano Guillermo Fariñas, que veio ao nosso país a convite do Gabinete Português do Parlamento Europeu, o qual promoveu uma conferência a que tive a oportunidade de assistir, com a finalidade de lhe colocar algumas questões, já que o seu longo curriculum de contradições e inverdades é tão notório, que qualquer pessoa com um mínimo de inteligência percebe a fraude personalizada por Fariñas, que é mais conhecido pelas 23 hipotéticas greves de fome na sua residência, uma delas, segundo consta, com a duração de 134 dias. Mas alguém acredita que um ser humano pode sobreviver todos estes dias sem comer nem beber?

Também os biógrafos de Fariñas querem fazer crer que este esteve preso mais de 11 anos por questões de ordem política, quando ele apenas esteve privado da liberdade por ser reincidente em acções violentas, acabando por ter a sua primeira condenação de 3 anos de pena suspensa em 1995, como resultado de uma agressão a uma colega de trabalho, voltando aos mesmos métodos “pacíficos” em 2002, agredindo de tal modo um vizinho idoso que este teve de ser hospitalizado e sujeito a várias intervenções cirúrgicas, sendo desta vez Fariñas condenado a uma prisão efectiva de 5 anos e 10 meses, acabando por cumprir apenas pouco mais de 1 ano por razões humanitárias, resultantes do seu débil estado de saúde, tendo sobrevivido graças aos cuidados médicos de que gratuitamente beneficiou e que na altura do seu completo restabelecimento expressou gratidão e reconhecimento ao sistema de saúde que salvou a sua vida.

Claro está que Fariñas, confrontado com estas questões, manteve o seu perfil de vítima sofredora de perseguições, não desmanchando a personagem teatral que lhe foi construída, respondendo parcialmente de forma ficcionada às perguntas concretas que lhe coloquei, levando os assuntos para estórias sem qualquer credibilidade, mas que podem induzir os mais incautos a acreditarem naquilo que diz.

De referir que não é por mero acaso que Fariñas saiu do seu conforto junto da comunidade mafiosa de Miami, em especial do seu amigo Luís Posada Carriles, terrorista responsável por variados atentados violentos dentro e fora de Cuba, com destaque para as bombas colocadas no voo da Cubana de Aviación proveniente de Barbados e em que morreram as 73 pessoas que seguiam a bordo, já que esta gentalha está contra as conversações entre as autoridades cubanas e norte-americanas, bem como com a União Europeia, enviando a vários países o seu assalariado Fariñas, para, vestido de cordeiro da paz, despejar um rol de mentiras sobre o sistema do país que o alimentou, tratou e educou gratuitamente graças à Revolução, esquecendo-se que pouco antes de ele nascer as pessoas com a sua cor de pele eram segregadas, escravizadas e exploradas, sem terem quaisquer direitos e muito menos licenciaturas em psicologia.

Embora alguns órgãos de comunicação social tenham noticiado a sua visita a Portugal, estou certo que os objectivos que o trouxeram a Lisboa saíram defraudados, pois não lograram qualquer apoio oficial nem despertaram qualquer interesse na comunidade cubana residente, que sempre deu sinais de patriotismo, contribuindo com o seu trabalho para o progresso do país em que vivem e que aspiram a regressar logo que possível à sua pátria para usufruírem de uma vida feliz e tranquila.

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